O NASCIMENTO DE FORTUNATO SALVAN
Pesquisa, foto e tradução por ADRIANA ROCHA
Mirano ITÁLIA -
22-06-2009
Nascimento do Fortunato: "Ao dia 11 de maio de 1859 - Fortunato filho
de pai desconhecido e de Rosa Salvan "detta" Totonella" nasceu
hoje as 8 da manha, e sendo (imediatamente) batizado pela parteira Caterina
Zavan daqui (dessa cidade Campocroce di Mirano), corria perigo de vida.
Foi afidado ao Pio Luogo di Padova."
Fortunato recebeu esse nome de uma maneira muito especial, pois significa: aquele que tem fortuna, sorte. Como descreve muito bem o Padre dessa igreja, ele corria perigo de morte e por isso foi a parteira que o batizou (será que nasceu prematuro????) Somente a parteira tinha o poder dado pelo cardeal da diocese de Treviso, para batizar e somente nesses casos. Outra observação é que imediatamente, isso quer dizer, ela nem amamentou o filho, nem teve tempo de segura-lo nos braços e Fortunato foi portado ao Orfanato de Pádova. Isso acontecia com muita frequência quando um filho nascia fora do matrimonio ou a Mãe não declarava quem era o pai, Para não envergonhar a família. Porém Rosa não abandona completamente o seu filho, pois quando ele será maior ela vai a Pádova a buscá-lo. Tenho o registro da escola de quando Fortunato terá 12 anos e frequenta a escola a Campocroce di Mirano. Tenho também o primeiro "Censo" feito em 1871 onde consta que a Senhora Rosa Salvan mora com o seu filho Fortunato Salvan, sozinha em uma pequena casa. Nesse mesmo censo consta que eles eram "contadini miserabili" (agricultores miseràveis).
O apelido "Totonella" foi dado pela primeira vez a Rosa. Os apelidos são para destinguir as famílias. A família Salvan, até a Rosa, não tinham nenhum apelido. Foi a partir dela que começou. Os apelidos são ligados geralmente pelo trabalho que tu fazias, ou pra quem tu trabalhavas. A palavra totonella em italiano e também em dialeto veneto não existe. Por isso estou trabalhando somente com suposições. Rosa Salvan trabalhava e morava em uma misera casa, assim como a maioria das pessoas que moravam em Campocroce di Mirano, para um conde chamado Pier Luigi Bembo. Proprietário de quase toda Campocroce di Mirano. Nas suas terra naquela epoca se plantava milho, uva e começava a cultura de bicho da seda. "Totun" em dialeto veneto significa o sabugo do milho. E era usado pra muitas coisas...tapavam as garrafas de vinho, usavam como brasa nos ferros de passar roupa, como "papel higienico", etc....creio que ela era a senhora que separava os grãos do sabugo, um trabalho feitos pelas mulheres naquela epoca. E depois era encarregada de confeczionar esses tapos, etc... A particola "nella" em italiano é usada como diminutivo.
Ps1: as pesquisas da arvore genealogica ainda não terminaram.
O orfanato daquela epoca não existe mais. Porém todos os registros estão guardados em um arquivo di "stato". Marquei uma hora para ver o que mais consigo descobrir.
Meu livro falará da vida deles aki (como viviam, etc...) e tbm sobre a imigraçao. Encontrei nos arquivos da Comune os registros dos passaportes do ano de 1887. Naquela época Mirano e região viviam uma grande epidemia de cólera (tenho tbm os dados). Espero de encontrar o nome do Fortunato em uma destas listas de requisição de passaportes.
Como t falei no outro e-mail, agora faço parte de um grupo de pesquisas históricas aki da cidade e eles já me disseram que teem interesse de apoiar para a publicação do livro e tbm com o apoio do incentivo cultural da Comune di Mirano. Creio em Deus que tudo vai dar certo!!!!
Por isso, t faço oficialmente o convite para participar deste livro, fornecendo os dados do período "pòs-imigraçao". O livro será "bilingue" (italiano/portugues), e a idéia é distribuí-lo a todos os descendentes (até uma "x" geraçao????)...quem sabe em uma possivel festa????
PS2.: que tal traduzir o site pra italiano e ingles??? Posso t ajudar com o italiano e tenho uma amiga inglesa q tbm me ajudaria.
Um grande abraço.
Adriana Rocha
Adriana, boa noite!
Roque Salvan - em 28-06-2009
Ciao!!!
Então não somos SALVAN. Concordas??. (Concordo e confirmo!!! nosso sobrenome deveria ser um
outro. Mas creio q tudo tem um porque. Cà entre nòs, prefiro ser descendente
dessa "corajosa" Rosa Salvan, e levar seu sobrenome...doque
"desse cara" q nao sabemos quem é e que deixou ela "na
mao"..sozinha, pobre e com um filho pra criar. Quero q seja
"ressaltado" q ela poderia ter deixado tranquilamente o filho no
orfanato d Padava...mas ela preferiu enfrentar todos os preconceitos de uma
cidade pequena e voltar là, pegà-lo e traze-lo pra casa. Ela corria o risco de
nao encontràr-lo mais...pelas minhas pesquisas, ela precisava visità-lo com
frequencia no orfanato para garantir que ninguem o adotava. Espero ser
"fortunata" e encontrar esses registros de visistas.
Quando falo com as pessoas aki dessa història, todos dizem: "Ah!!
isso era normal naquela época!"..porém no livro do "censo" onde
consta o nome de todos os moradores de Campocroce, Rosa Salvan é a unica
mulher, mae solteira, que mora sozinha com seu filho. Tem outras mulheres q
moram com os filhos, mas sao viùvas.
ADRIANA ROCHA
Mirano ITÁLIA
29-06-2009
29-06-2009
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